A Cannabis Sativa, também conhecida como maconha, é usada com fins terapêuticos há mais de dois mil anos. A partir da década de 1960 começam a surgir pesquisas cientificas que buscavam entender como a planta poderia ser utilizada na medicina, e na última década o número de pesquisas e evidências cientificas aumentam de forma exponencial. Em 2020, em recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) a cannabis deixou de ser considerada uma droga com alto potencial de abuso e sem qualquer valor terapêutico, saindo de listas restritivas da ONU sobre Drogas Narcóticas. Na legislação brasileira em vigor (Lei 11.343/2006, atualizada pela Lei 13.840/2019) é permitido o uso médico e científico da cannabis. Recentemente, em abril de 2023 a FIOCRUZ divulgou uma Nota Técnica divulgando o potencial terapêutico do CBD e o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) presentes na cannabis para diferentes condições clínicas e enfermidades, dentre elas:
- Dor crônica
- Epilepsia refratária
- Espasticidade
- Náusea, vômito e perda de apetite
- Doença de Parkinson
- Distúrbios do sono
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
- Atividade anticancerígena em determinados processos tumorais
- Síndrome do intestino irritável
- Doença de Huntington
- Esclerose lateral amiotrófica
- Artrite reumatoide
- Doenças metabólicas e cardiovasculares
- Síndrome de Tourette
- Distonia
- Demência
- Glaucoma
- Ansiedade
- Transtorno de humor, psicóticos
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
- Estresse pós-traumático
Referência: Fundação Oswaldo Cruz. Nota técnica: Estado atual das evidências sobre usos terapêuticos da cannabis e derivados e a demanda por avanços regulatórios no Brasil. Rio de Janeiro, 2023.